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Sinara Foss: uma escritora de horror que emociona e transforma com suas palavras

De uma infância no interior do Rio Grande do Sul ao reconhecimento no cenário literário contemporâneo, Sinara Foss construiu uma carreira sólida no gênero do horror, criando histórias que emocionam e provocam reflexões profundas.

A história de Sinara Foss começa em Santo Antônio da Patrulha, no interior do Rio Grande do Sul. Criada em um ambiente repleto de narrativas, onde o escuro das noites sem eletricidade e os contos de seus avós alemães se misturavam, ela descobriu cedo o poder das palavras. Ainda na escola, ao descrever um sonho em que sua amiga Magali morria, emocionou toda a sala e até professores, percebendo pela primeira vez a força de sua escrita. “Acredito que foi ali que decidi me tornar escritora”, relembra.

Hoje, Sinara é reconhecida por suas contribuições à literatura brasileira no gênero de horror. Obras como Memórias de um Cachorro Velho, seu primeiro livro, Plural de Fêmeas, publicado pela Editora Bestiário, e Fotossíntese, fruto de uma parceria entre a Editora GOG e a Bestiário, são marcos de sua trajetória. Plural de Fêmeas traz narrativas sombrias sobre o universo feminino, enquanto Fotossíntese explora temas do cotidiano com toques de horror psicológico e emocional, unindo intensidade e delicadeza em contos que permanecem na memória do leitor.

O universo assustador de Vinha d’Alho

Sinara criou um mundo próprio em sua cidade fictícia, Vinha d’Alho, cenário onde os eventos de seus contos ganham vida. No início de 2025, ela lançará sua nova obra, provisoriamente intitulada *Na Escola Tínhamos Sonhos*. São 20 histórias que exploram o cotidiano e as situações insólitas dessa pequena cidade, com apresentação do premiado autor Emir Rossoni e publicação pela Editora GOG, sob a curadoria do editor André Roca.

O livro é uma coletânea de contos que misturam o horror, o fantástico e o poético, trazendo personagens complexos e enredos que convidam o leitor a mergulhar nas camadas sombrias da vida em comunidades pequenas. As histórias se conectam por meio da ambientação em Vinha d’Alho, uma cidadezinha fictícia entre a serra e o mar no interior do Rio Grande do Sul. Nesse espaço literário, Sinara explora temas como memória, medo, relações humanas e o impacto de eventos inesperados em cenários aparentemente tranquilos.

Horror: mais que um gênero, uma necessidade

 

Para Sinara, escrever não é apenas profissão; é uma necessidade vital. “Se passa um dia sem que eu escreva, parece que aquele dia não valeu”, confessa. Seu processo criativo é fluido e natural. As ideias surgem no banho, no trânsito ou caminhando. São registradas no celular e depois transformadas em histórias assustadoras diante do computador.

Ela não pensa no público ao criar, mas percebe que suas histórias têm alcançado acadêmicos e leitores apaixonados por literatura contemporânea e horror. Suas palavras já fundamentaram estudos em artigos acadêmicos, algo que considera uma grande realização.

Uma mensagem nas entrelinhas do medo

Embora o horror seja seu foco, Sinara utiliza o gênero para abordar questões profundas. Desde sua primeira obra, busca conscientizar sobre o respeito aos animais e ao meio ambiente, temas que considera essenciais. “Me preocupa muito a falta de conscientização geral com relação aos animais e à natureza”, destaca. Essa preocupação ecoa em livros como Memórias de um Cachorro Velho e em seu novo projeto, que promete continuar alinhado a essa missão.

Um legado em construção

Com novos projetos e uma voz única no horror brasileiro, Sinara Foss solidifica seu papel como uma das autoras mais intrigantes de sua geração. Sua parceria com a Editora GOG e o editor André Roca tem sido fundamental para dar vida às suas ideias sombrias e histórias marcantes.

Com Na Escola Tínhamos Sonhos, Sinara reafirma sua maestria em capturar as complexidades da vida cotidiana com um toque de horror que provoca e transforma. O lançamento, previsto para Porto Alegre, promete encantar e assustar leitores, reforçando a mensagem de que a literatura de horror também é um espaço para emocionar e impactar. “Escrever é dar vida aos sentimentos, inclusive os mais obscuros; é emocionar, é deixar uma marca no mundo”, finaliza. E é exatamente isso que ela tem feito.

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